sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Teu sono

Boa tarde pessoas.
Para o final de semana mais um poema da fase londriniana. rsrs
Este poema foi mais um delírio que tive dvido à alta hora que estava acordado ao lado de uma namorada minha.
Beijos a todos.
FUI!!!!!!!!!!!!




TEU SONO

Teu sono me faz Deus
assisto tua real face/ e não percebes
vejo até os pensamentos seus
mas só os que a tua face entrega/ e não percebes

estás linda, bela
teu rosto deitado ao lado do sol
mais alto, maior que ele
mostra tua força interior
quente, incessantemente persistente
e teus braços, ah! seus braços
apóiam o rosto como anjos sustentando à Deus
Deus sol. Deus lua. Deus tudo
teu tronco completo
não lhe falta carne nem cor
perfeito pra suportares qualquer homem que desejardes
ah! teu tronco, berço meu
onde me senti completo
onde me senti costela
onde me senti homem, filho, amante e até Deus
sobre teu tronco e ventre
depois de cobiçada pelo sol/ teu servo
tuas pernas dobradas me evidenciam teu sexo
pernas lisas, douradas pelo luxúria do sol, pernas lindas
pernas belas, feito força/ feito planta
mas que depende das raízes
das quais me alimento.

Londrina
03/10/2000 01h25m

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Rosário

Bom dia gente.
Rosário é um problema. Duas coisas que devem ser ditas sobre a confecção deste poema.
Eu não estava sob efeito de nenhuma narcótico conhecido rsrsrs e estava estremamente frustrado com minha volta para Ourinhos, largando pela segunda e definitiva vez a faculdade de agronomia na UEL, fato que ocorreu na mesma semana.
Beijo a todos.
FUI!!!!!!!!!!

ROSÁRIO

Passo a passo teço
A minha verdade
Nova realidade
A mais nova lógica

Novo e tolo não vê
Tenta ser atual
Não sente o real
Eu falo do futuro

Eu preparo o mundo
É minha função
Bordar uma nova razão
Razão para não morrer

Ninguém é igual a mim
Muito menos diferente
De perto, qualquer gente
É louco sem fim.


Gerinho da Terra
Londrina – 18/09/01.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Fala pessoal.
Fiquei fora quase uma semana né.
Foi minha equipe de Marketing estratégico quem me informou pra não bombardeá-los com uma poesia todo dia, pois o mundo poderia ficar muito melhor e acabar com as guerras devido a tanto amor espalhado pela rede de computadores, o que acarretaria um enorme número de demissoões nas indústris bélicas de todo o mundo, gerando consequentemente ondas de distúrbios civís acarretando em saques e violência e tanta gritaria que minhas poesias não poderiam ser ouvidas não mais apaziguando os conflitos anteriormente sanados pelas mesmas e já não sei do que tava falando no início deste parágrafo.
UFA!!!!!!!!!
Então, falando da poesia abaixo, foi no dia 7 de março do ano entre 2000 a 2003. Não me lembro, mas é claro, é uma homenagem as mulheres de minha vida em suas múltipla facetas.
Obviamente, "mãe" na poesia é minha MÃE Carmen. A filha são minhas sobrinhas por que to treinando com elas, mas também tem as falas que ouvi de meu irmão, cunhado e amigos. A amante e a amada são as várias (fala Dom Juam) mulheres maravilhosas que cruzaram minha vida. Maravilhosas até as que me fizeram chorar e odiá-las. rsrsrs Umas foram amadas amantes outras o contrário e outras ainda só amadas e umas só amantes.
Amiga, é um caso sério. Tenho várias, mas entre 2000 e 2003 tenho e tinha duas em especial que quero deixar aqui o nome delas. Foram companheiras de fatos importantíssimos na minha vida, não só de alegrias mas de tristezas, de transformação e crescimento pessoal. Paula Araripe e Daniele Do Espírito Santo. Amo vocês demais. Quanto as outras amigas, também amo vocês demais e é claro que na poesia pensei em vocês também.
Beijo a todos e um bom final de semana.
FUI!!!!!!!!!!!


ELAS

Enquanto mãe, escrava dos próprios sentimentos
Enquanto mãe, corroem-lhe a carne e faz-se leite
Enquanto mãe, toda noite companheira da insônia
Enquanto mãe, útero e coração
Enquanto mãe, chinelo na mão

Enquanto filha, protagonista dos melhores momentos
Enquanto filha, pinta as unhas e não toma mais leite
Enquanto filha, quando sai ou adoece me causa insônia
Enquanto filha, muita alegria e diversão
Enquanto filha, alguns sustos e emoção

Enquanto amiga, provedora dos melhores pensamentos
Enquanto amiga, tempera nossa vida como fosse azeite
Enquanto amiga, sempre fiel tanto aqui quanto na Letônia
Enquanto amiga, acolhe com o coração
Enquanto amiga, às vezes pura gozação

Enquanto amante, causa dos piores sofrimentos
Enquanto amante, provedora dos melhores deleites
Enquanto amante, um corpo inteiro cheirando colônia
Enquanto amante, puro prazer, tesão
Enquanto amante, delírio e aflição

Enquanto amada, nunca pertencerá ao esquecimento
Enquanto amada, tudo de mim pra ti dei
Enquanto amada, tanto faz se é Maria ou Sônia
Enquanto amada, é minha questão
Enquanto amada, é minha solução

Enquanto mãe, escrava dos próprios sentimentos
Enquanto filha, pinta as unhas e não toma mais leite
Enquanto amiga, sempre fiel tanto aqui quanto na Letônia
Enquanto amante, puro prazer, tesão
Enquanto amada, é minha questão
Enquanto amada, é minha questão

Enquanto filha, protagonista dos melhores momentos
Enquanto amiga, tempera nossa vida como fosse azeite
Enquanto amante, um corpo inteiro cheirando colônia
Enquanto amada, é minha solução
Enquanto mãe, chinelo na mão

Enquanto amiga, provedora dos melhores pensamentos
Enquanto amante, provedora dos melhores deleites
Enquanto amada, tanto faz se é Maria ou Sônia
Enquanto mãe, útero e coração
Enquanto filha, alguns sustos e emoção

Enquanto amante, causa dos piores sofrimentos
Enquanto amada, tudo de mim pra ti dei
Enquanto mãe, toda noite companheira da insônia
Enquanto filha, muita alegria e diversão
Enquanto amiga, às vezes pura gozação

Enquanto amada, nunca pertencerá ao esquecimento
Enquanto mãe, corroem-lhe a carne e faz-se leite
Enquanto filha, quando sai ou adoece me causa insônia
Enquanto amiga, acolhe com o coração
Enquanto amante, delírio e aflição

Gerinho da Terra
Ourinhos ou Londrina, entre 2000 e 2003.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Bom dia.
Confesso que não gosto desta, parece infantil demais.
Tudo bem, só fazia 3 anos que tinha começado a brincar de escrever e essa deve ter sido uma das dez primeiras. Mas o importante estava aí. A dor. rsrsrs .
Não superestimem a dor nem a menospreze. A dor sempre nos ajuda a buscar o prazer, e viver se entupindo de remédios pra não sentir dor também nos impede de sentir o gozo em toda sua plenitude.
Beijão e um ótimo final de semana.
FUI!!!!!!!!!!!

VOCÊ

Eu quero te ter sem pensar no amanhã
Eu quero tomar todo seu amor
Só para mim, sem pensar nos outros
Queria que minha ressaca fosse você.

Queria te levar pra cama
Queria te ter só minha
Mas te ter só pra mim
É querer o universo só para a Terra.

Tua beleza é uma verdade da filosofia
Como vi no Mundo de Sofia
Tua verdade é eterna e imutável
Tua delícia é flor e cor.

A ti gostaria de deixar meu calor
Mas quando me beija com frieza
Já sei que estou morto
Nem sei mais se quero estar vivo.

Gerinho da Terra
Abril de 1999

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Dissabores

Bom dia pessoal.
Gente, nunca fui um poeta constante. Minhas poesias, como já disse anteriormente, funcionam como válvulas de escape por isso, produzo quando estou com os sentimentos aflorados (fim de um romance por exemplo) ou crises familiares, ou crises mundiais. rsrsrs
Já fiquei dois anos sem nada escrever e já escrevi 3 poesias numa mesma noite.
Esta foi quando já fazia 2 anos que tinha voltado de Londrina (eita cidade maravilhosa), largado da faculdade e não tinha acontecido nada de novo, de legal, de bom.
Daí o mau humor. rsrsr
Beijão e até mais.
FUI!!!!!!!!!

DISSABORES

O azedo me enjoa
Esse azedo que dá de velho
De azedar
Esse azedo de não aguentar mais,
De esperar mais
Cadê o novo?
Cadê o novo que me prometeram?
Cansei de esperar e
Está resolvido.
Não espero mais
E já não sinto mais azedo algum!
Só que o amargo me ferra
Esse amargo me prende
Amargo de remédios ora bolas
O que não tem remédio
Remediado à de ficar!
E que amargo triste
Esse amargo de não ter nem começado
E já ter cansado
Amargo, azedo
Azedo de esperar
Amargo de não começar
Até lembro do salgado
Lembra do seu sal gado?
Você fez, não esperou nem cansou
E recebeu teu salário
Salgado, soldado da vida.
Mas não reclame que o doce você já viu
Lembra daquele doce perfume?
Ou perfume doce?
A tá, era Avon.
Pensou o doce da manga
Ganhou o doce do cio
Te melou de mel uma noite
Te ferroou na outra sem um pio!
Várias vezes te feroou!
Só sei que nesta cozinha farta
De dissabores na vida
Cansei do azedo
Desprezo o amargo
Odeio o salgado
E temo o doce,
Ah! aquele anil!

Gerinho da Terra

Ourinhos 29/06/2003

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Só preciso

Bom dia. Gente, meu blog tá uma merda mesmo???
Me fala aí o que seria bom para melhorar.
Não querem mais poesia?? Querem algum assunto novo??
O problema é que minguém comenta no blog e aí ele fica morto. Vamos descer a lenha no Gerinho da Terra no blog, que se não for muito politicamente incorreto eu publico. O espaço é aberto à críticas ao extremo.
Enquanto não reclamarem, mando as poesias, mas já estou pensando em começar a escrever crônicas ou algo parecido.
Ah! Ajudem a divulgar o blog caraio. Indique ele a mais alguns loucos.


SÓ PRECISO

Só preciso de uma palmeira
E me lembro da torre Eiffel
Já me basta sentir o perfume
E já penso no quanto é linda a flor
É suficiente para lembrar da carência da criança
Quando percebo um olhar solitário
Olhando o sol de manhã
Já sinto a alegria que será o dia.

Mas você?!?!
Você esteve aqui!
Você está lá!
Onde você estará amanhã?
Onde você estará amanhã?

A gente só lembra daquilo que importa
E o que importa está dentro do peito
Na caixinha cardíaca, rude e apaixonada
Que me fala como cheirar, ver, ouvir, degustar e tatear.

Preciso só roubar uma rosa
Para lembrar que a agulha fere
Pegando um pêssego na feira
Me flagro pensando na pele nua
Toda vez que tomo água
Acredito que a vida vai ficar menos árida
Meu lado vampiro se satisfaz
Sempre que como carne.

Mas você?!?!
Você esteve aqui!
Você está lá!
Onde você estará amanhã?
Onde você estará amanhã

Quando ouço as ondas do mar
Lembro das cantigas e eu a balançar
Ao escutar o lamento de um velho japonês
Me dói no peito os choros das crianças de Nagazaki.

Mas você?!?!
Você esteve aqui!
Você está lá!
Onde você estará amanhã?
Onde você estará amanhã

Mas você está em tudo
Que ouço, bebo, toco, enxergo e cheiro.
Se vejo alguém nada a ver
Vejo que ela nada tem a ver com você.
Quando cheiro a rosa me lembro
Do seu cheiro de bebê.
Sempre que protejo alguém
Eu vejo você, criança carente.
Me basta o calor do copo de café
Sinto tua boca quente na minha.
Olhando a criança abandonada na rua
Me vejo no dia em que terminamos.
Para lembrar de você nua
Não preciso mais do que o tirar de uma malha.
Ao balançar o copo cheio
Lembro de você brincando no mar.
O teu sabor
Ah! Esse ainda não saiu da minha boca!

Você está em tudo.
Mas você?!?!
Onde você estará?

Gerinho da Terra
Caraguatatuba – 25/05/06.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Seus cabelos

Eita Londrina, rendeu muito. rsrsrs
Apesar do tanto de maconha que vi ser queimada e ter me transformado no maior maconheiro passivo da humanidade, não é esse o motivo de meus poemas serem uma viagem total. rsrsrs
Eu os releio e nem eu entendo. rsrsrs
Beijos a todos.


SEUS CABELOS

Dos meus três amores,
o primeiro foi longo, o segundo
curto e o último... ah...
esse não sei quanto vai durar.
O que mais me marca nesses amores
são os cabelos, longos ou curtos
ou escondidos dentro delas.
São eles que me faziam e faz lembrar
de modo como beijavam
abraçavam, riam e até gritavam.
Um curto, levemente encaracolado
justamente pra não combinar com a história
longa e reta,
amor e sofrimento, paixão e ciúme
curto, inversamente proporcional ao desejo,
dor, tempo sentido e chorado.
Contrário até ao tempo necessário pra ser sanado
mas finalmente lançado longe, não esquecido
vive ainda em mim, mas como filho crescido e ido.
Depois de muito tempo eu,
murcho, vazio e triste
ah! Aquela mulher linda
longos cabelos, gestos calmos
serenamente Ana.
Sensível, carente de tudo o que toca o coração
seus longos cabelos lembravam cachoeiras
linhas longas, retas, naturalmente selvagens.
Talvez seus cabelos me dissessem
- sou calma, serena, pura, mas com uma selvageria
a ser explorada, ou mesmo desnudada.
Sua pureza de onça
e eu, com minha sede
minha violência grotesca de anta.
Assustei-a, onça selvagem
selvagemente arisca.
É a assustei!
Novamente só, apesar do mundo em minha volta
Mas durou pouco, um ano? Nem isso!
Mudança de casa, gente nova
eu vi ela, terceiro tormento
não naquele momento
cabelo normal, comum demais
pra minha complicada forma de amar
simples demais pra despertar meu desejo.
Mas na segunda vez ela apareceu diferente
fantasticamente atraente, dá até medo!
Falo das minhas qualidades, e até pequenos defeitos
calejado já pela dor cardíaca, vou calmo
calculo minhas chances e fracassos.
Inseguro, sem saber a tenho me experimentando
a posse não é somente o que possuímos,
mas também aquilo que acreditamos possuir.
Dias bons aqueles em que nos amamos.
Dia horrível aquele que deixei você a esperar.
Esta me surgiu calva, mais nua que tudo.
Talvez é isso que me embriagou.
Isso que mais me feriu quando acabou.
Tomara que seus cabelos, ou não cabelos
sigam a regra do inversamente proporcional
que eu não agüento mais.

Gerinho da Terra
Londrina 11/09/2000

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

COMO SEDUZIR UMA MULHER

Então, no ápice da minha pretensão de Don Juan escrevi este poema. Na verdade este poema foi escrito numa hora de coração partido. rsrsr
Este e quase todos os outros. rssrs
Não me lembro bem, mas devia ter perdido alguma gata pra um espertão na mesma noite. rsrsrs




COMO SEDUZIR UMA MULHER


Se fordes tímido
Tome uns tragos
Mas muito cuidado.
Que seja até o ponto
Onde não tenhas medo.
De ti nem dela,
Mas deves ainda
Ter medo do chão.
Se fordes bêbado
Finjas!
Pode até tomar uns tragos
Mas observe!
Bebas somente até
Não confundi-la com a garrafa.
Ela deves ser o último gole
Ela precisa sentir ser a cura.
Se fordes poeta
Negue!
Sejas duro, frio.
Não a deixes perceber
Que já a ama,
Sejas cínico, até hipócrita
Podes até cantar uns versos
Não devem ser seus
Pois podes trair-se.
Se fordes cretino,
Negue!
Não sei porque
Mas as mulheres adoram a mentira!
Por isso tens vantagens
Nas artes da sedução.
Seja amável, apaixonado,
Prometas tudo
Tudo o que jamais irá cumprir
Elas adoram promessas impossíveis!

Sei que podem perguntar:
- Quem és para me ensinar?
Sempre estás só e
Quase não conquistas ninguém.
Eu sei!
Mas sei, aprendi da forma difícil,
Tentei seduzir e
Não conseguí.
Tentei de todas as formas
Das mais sinceras às mais inescrupulosas,
Só que nos momentos errados.
E se perguntas, porque negar?
Fingir o que não se é?
A sedução meu amigo
Não é a arte de se mostrar
É a arte da propaganda!
Depois de seduzida,
Aí sim, é o momento
De ir à esbórnia,
É a hora de ir ao bar,
É até de versar.
Pode-se até amar,
Mas negue!
Não sei por que,
Mas as mulheres adoram mentiras.


Gerinho da Terra
Londrina – 28/06/06.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Mais 3 para o final de semana

Bom dia.
Hoje posto mais três por que no final de semana fico sem net.
A primeira é daquelas que o coração tá triste. rsrsrs Foi num niver meu, já estava bem bêbado e aí já misturei o final da festa e da cerveja com o final recente de um namoro meu.
A segunda, eu desço a lenha em Sampa. Quero deixar claro que não odeio Sampa, só odeio coisas que existem naquela cidade de uma forma mais escancarada que nas outras. Aliás, to indo pra lá hoje e só volto domingo pra minha praia.
A terceira foi uma das primeiras que fiz e com a qual ganhei um concurso lá em Ourinhos (capital mundial da poesia de Ourinhos).
Beijão a todos, um bom final de semana.
FUI!!!!!!!!!!!!

SOBRAS

Fim de festa
Copos marcados pelo batom
Vazios, tão vazios que doem
Mas a marca do batom
Ah!, essa cheia de significados
Lembra aboca molhada
Lembra o beijo que dei, e me dei
Vem a imagem dela sorrindo
Vem ela me dizer que esfriou
Esfriou como esfriou a sala
Quando se foram os amigos
Quando ela se foi
Sinto-me no espaço sideral
Perto de mil mundos e só
Um silêncio que me arrebenta os tímpanos
Pra que tímpanos, estou só
Só eu e os copos e os mundos, e só
Fim de festa é isso
Solidão, copos com batom e espera
Por outro dia de festa,
Talvez demore mais que um ano!

Gerinho da Terra
Londrina 11/09/2000





SAMPA DE DOIS PONTOS


“Em São Paulo se come muito bem”!
tem farofa e caviar vencido neném.
Achei um tomate velho pra fazer um penne ao sugo.
Nossa! Pega o resto de sardinha ali no fundo.
“Em São Paulo se dorme muito bem”!
tem terraço Itália, tem o aterro do Belém.

Em São Paulo se dorme muito bem
tem o Fasano, tem cama na Sé também
- me faça uma reserva nas galerias do Sena
ou num quarto de frete pro Tietê, que cena.
Em São Paulo se dorme muito bem.
Tem quarto com cama retrátil, ali na Praça Mauá.

“Em São Paulo divertisse-se muito bem!”
Tem o Interlagos e o Ibirapuera também
tem tiro ao alvo nos quiosques da PM
tem pega ladrão, apaga eles na escuridão.
Em São Paulo divertisse-se muito bem
Na rua ou em casa, as balas perdidas,
Brincando de pique esconde te encontram meu bem.

Gerinho da Terra
Ourinhos 13/04/2004





O SANTO

O santo não faz o bem para ter com Deus após a morte
O santo faz o bem, pois ele já vê Deus em todo Homem
O santo não tem religião
O santo tem Deus, Homens, Irmãos.

O santo não faz o bem como sacrifício a Deus
O santo se satisfaz quando faz o bem aos Seus
O santo não sofre
O santo se realiza porque é assim que Deus quer.

O santo não sabe que o é
O santo o é, Por que sabe amar
O santo não é culto e falso
O santo é coloquial e verdadeiro.

O santo não é um Homem
O santo é um Povo
O santo não ser só homem
O santo precisa servir o homem.

O santo não olha o céu e procura de Deus
O santo faz o bem pra agradecer suas estrelas
O santo faz o bem aos Homens
O santo é mal aos olhos de alguns homens.

O santo é a criança eterna
O santo é o filho eterno
O santo vê o pai nos mais novos.
O santo vê a mãe nos mais velhos.

Não quero ser santo
Apenas busco a santidade
Sem o compromisso de conseguí-lo
Pois o Santo simplesmente o é.

Gerinho da Terra
03/05/1998

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Catarata seletiva

Então, hoje acordei com a vista embaçada, abri o blog e fiquei pensando que poesia colocar. Claro que tinha que ser esta.
Beijo a todos a à musa filha da puta que me inspirou a fazer esta poesia.
FUI!!!!!!!



CATARATA SELETIVA

Estranho, não consigo lembrar do teu rosto.
Sempre me vem confuso, opaco.
Talvez tua beleza facial era o que menos importava
E realmente o que mais me vale de ti é seu ser, é tua alma?
Não sei!
Estranho, lembro do rosto de tua mãe, de seu irmão.
Destes que uma ou duas vezes vi
Mas o teu eu não vejo claramente
Será uma defesa interna, um não querer sofrer?
Estranho, sei que é loira, delicadamente magra
E seu rosto não me vem claro, nítido.
Será que o que sinto não é amor
E essa agonia é da certeza de não ter te visto de verdade?
Essa agonia seja uma grande curiosidade?
Não sei, só sei que dói, ah! Dói demais.
Estranho esse desejo de lhe ver novamente
Misturado com o medo de ver e não ter
Talvez precise vê-la de novo, só pra lembrar teu rosto,
E tirar esse opaco que me vem, talvez reflexo dos meus dias.
Estranho é que me dizem que gosto de sofrer,
Talvez tenham razão, meia razão!
Eu gosto mesmo é de sentir, seja alegria ou tristeza,
Sentir realmente meu coração, rir chorar.
Estranho os tempos de coração vazio,
Não que consiga me lembrar deles
Não se lembra do vazio ou do que não existe,
Mas é difícil esquecer um sentimento!
E me dói não lembrar dele.
É como querer uma só alma, e a tua.
E me traio quando faço isso, por que perco a minha.
Estranha essa ferida, mas há de criar casca,
E é claro que as vezes ao coçar a casca sai,
E volta a doer, sangra demais, mas a casca vai
Ficando cada vez mais fina, até que não dói mais.
Estranho, depois disso fica só a mancha
Uma vaga lembrança, mas não dói mais
E o meu medo é disso, aquela mancha vazia.
Boas ou más lembranças eu vejo ali só uma mancha vazia.

Gerinho da Terra – 11/03/02.
Salto Grande

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Futebol. Domingo tem festa

Bom dia pessoas.
Acordei agitado hoje.
To até querendo bater uma bola, ou duas. rarararara
Beijo a todos.


FUTEBOL – DOMINGO TEM FESTA

O grito, a torcida, o campo
Os times, os fogos, os homens
O árbitro, a moeda o apito
A bola rola, a bola apanha, a bola fora
A bola na mão, o pé na bola, a bola no pé

Um drible, dois dribles, a falta
O apito, a dor, a maca
O resmungo, na mão, o cartão
A barreira, a bola, o goleiro
O apito, o pé na bola, a bola no gol

Domingo tem festa

Luís Rogério Gomes Zanuto 02/09/1996

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Bons sonhos

Este poema de 2002 foi pra acalmar a tensão que tive depois de um sonho bão tamem.
E é aquilo gente, se gostou pode usar, se não, pode falar.
Não acredito em "Direitos Autorais", portanto tudo o que escrevo é aberto, pode ser modificado sem prévia autorização (desde que informe que modificou e se identifique).
Uma hora dessas quero discutir aqui no blog sobre direitos autorais.
E aí vai a poesia.

BONS SONHOS

Quem é essa mulher
Que me beija do nada?
E me deixa extasiado e calmo
E esqueço a tristeza?
Como ela pode dizer a verdade
E eu não me irritar?
Vem me acordar desse sono
Pra ficar com você
Não fica longe de mim
Vem com meus lábios
Me beija de novo
Pra nunca sentir sono

Mas você é como minha consciência
Dentro de mim, no entanto tão distante
Um sonho bom que tive
Pra nunca mais ficar triste

Você vem quando não espero
Me pega de surpresa
Nem toda noite você aparece
Mas quando amanhece
Você não está aqui
Só dentro de mim.
E é justamente quando estou no escuro
Que você vem me trazer luz.
Talvez seja uma vampira
Que me faz eterno toda noite
E quando chega o dia
Me deixa com saudade da noite.


Gerinho da Terra
Salto Grande 05/05/2002

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

AMASSA

Eu gosto de reclamar né.

AMASSA

Amassa a massa
Põe o ovo na massa
Amassa o povo até virar massa
Assa
Assa a massa com ovo
Passa do ponto e queima o povo
Acha o ponto da massa
Que o povo virou ovo
E começa tudo de novo
Amassa a massa
Põe ovo na massa de novo.

Gerinho da Terra
Ourinhos 28/02/2004

ADRIANA

Depois de um tempo descansando estou de volta.
Mais algumas poesias minhas.
Abraço

Adriana

Adriana, alma de quem?
Adriana, alma de que?
Alma de quem luta
Alma nada bruta

Adriana, menina linda
Adriana, pele clara
Alma fina
Alma rara

Adriana que veio
Adriana que vai
Tristeza que fica
Alegria que vai

Lembrança que fica
Presença que vai
Presença que vai longa daqui
Lembrança que do coração não sai

Vai viver novas histórias
Num lugar longe daqui
Mas a saudade que vai deixar
Não deixará esquecer as daqui

Gerinho da Terra
Caraguatatuba, 16 de abril de 2008.