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domingo, 10 de outubro de 2010

LULA x FHC: Retroceder ou continuar a avançar?

Gente, recebi este e-mail do meu irmão Marco, não sei se foi ele mesmo quem redigiu, mas devido à assinatura dele no final, não acredito que tenha sido um SPAM que utilizou o endereço dele.
Como discordo do que ele diz, publico aqui a mensagem dele em negrito e em itálico coloco minha opinião a respeito de cada assunto:
Envio para todos que ele enviou esta mensagem e posto no meu blog também, assim se alguém quiser comentar, discordando ou concordando, fique à vontade, só não publicarei baixarias como palavrões.


Meus amigos, sempre é importante termos novos 'enfoques'; mas, para que aqueles que não entendem o suficiente, é necessário que algumas questões sejam colocadas para que sejam melhor entendidas pelos menos informados.
1. O preço de alimentos só baixou por uma questão de mercado. Lei da oferta e da procura é quem comanda os preços. Se não fosse assim, por que é que o Lula não segurou o preço do petróleo (e derivados) quando em 2008 o barril quase chega a US$ 200.00?; Ou, como agora, que o álcool que estava a R$ 1,30, fosse, em uma semana, a R$ 1,60? Por que no início do ano não segurou o preço dos itens de primeira necessidade? Não é o todo poderoso? Ora bolas, com o mercado não se ganha... haja vista o que está acontecendo na Venezuela. Falta de tudo, o governo não consegue produzir (porque não tem capacidade produtiva e eficiência) e tenta dominar todos os meios de produção. É uma tragédia anunciada como foi o fim da ex-União Soviética.


Onde diminui os preços dos alimentos? Aqui em Caraguatatuba é que não foi, mas isso tem a ver com economia num país capitalista e governado de forma livre a economia, o que eu pessoalmente acho um erro, mas é como o crítico acima diz, oferta e demanda. No mundo real, porém, existem forças dentro do mercado que agem de forma pensada, e não são nem o fator oferta e demanda. Monopólios e oligopólios também ditam regras e preços. Afinal, a energia no Brasil é uma das mais caras do mundo, assim como a telefonia móvel, tudo devido à forma que foram feitas as privatizações aqui no Brasil, pelo governo FHC e seus governadores apoiadores. Quanto ao petróleo, em 2008 a gasolina aqui em Caraguatatuba teve leve flutuação de preços, muito diferente do que afirma nosso autor acima. Sobre a Venezuela, o autor se esquece de que houve uma outra crise anunciada. A crise mundial que atingiu inclusive os Estados Unidos da América, apesar de eles não brigarem com o DEUS MERCADO, o qual não se deve brigar.

2. Preço de computadores e outras bugigangas tecnológicas fazem parte da nova era da produtividade... Quanto maior o consumo, mais baixo vai ficando o preço. Agora, dizer que o Lula é o responsável pelo choque de produtividade (que, esse sim, é o verdadeiro motivo da redução de preços) que se encontra o país, aí já é brincadeira... E olhem que quem começou com isso (responsável pela abertura comercial) foi nada mais, nada menos que Fernando Collor (que o PT queria ver queimado vivo!). Hoje são aliados (quem diria?) embora o PT tenha vergonha de exibir o aliado (como muitos outros deles. O Sarney e família Ltda., Renan Calheiros (maldito seguidor do Collor), os amigo$ do men$alão e por aí afora.

Nosso crítico aqui inverte a ordem das coisas. A indústria produz para vender para quem tem dinheiro e crédito. Não adianta produzir se não há comprador. E o aumento da produção visa atender o mercado interno, ou seja, os brasileiros. Isso quer dizer que o brasileiro tem mais dinheiro no bolso e mais crédito para comprar. E isso foi o governo Lula quem fez sim, pois o crédito barato tem a ver com a interferência dos bancos estatais na oferta de crédito, quando os bancos privados não ofereceram. Uma outra forma de colocar dinheiro no bolso do pobre para ele gastar é o BOLSA FAMÍLIA. Alguns bilhões por ano e isso fez a Coca-cola e outras grandes indústrias abrirem fábricas no norte e nordeste, pois agora lá o povo tem dinheiro para comprar bolachas, refrigerantes e demais produtos. É verdade que o Lula não inventou esta política, a 80 anos atrás um presidente estadunidense fez isso, Roosevelt, e livrou seu país de se afundar numa crise parecida com a de 2009, que aliás o governo Lula agiu de forma sábia e sofremos muito pouco e estamos nos recuperado rápido. Só esta crise e a atuação do governo Lula já responde a diferença de atuação em crises econômicas. No ?governo? FHC, o mundo viu duas pequenas crises, uns espirros e o Brasil teve de correr de joelhos (FHC adorava ficar de joelhos) ao FMI, o Lula, como sabemos, fez a poupança e diminuiu os impostos IPI e outros, lembram?


3. Os órgãos de imprensa (alguns sempre foram marcadamente de direita, como o Estadão, a Globo e a Veja); a Folha sempre foi mais independente. Mas, quando a Folha metia o pau no FHC, era o melhor jornal do Brasil; agora, que bota o dedo na ferida e aponta o monte de maracutaia que ocorre nesse governo como ocorreu em governos anteriores, aí não! Aí é a elite querendo derrubar o "povo" do governo! O império da mídia contra o povo! Pode uma coisa dessas?

A grande mídia, a velha mídia. Em primeiro lugar a Folha de São Paulo era dirigida pelo Otavio (pai) mesmo não sendo nenhum petista de carteirinha ele não brigava com os fatos, ele podia interpretar os fatos como ele preferia, mas os fatos eram os fatos, seu filho, o conhecido Otavinho, que hoje preside a Folha, jogou fora o patrimônio maior da Folha, que era a credibilidade, e saiu com vários reportagens, de capa é claro, totalmente mentirosas, como a ficha falsa da Dilma. E quando a internet desmentiu a ficha o jornal me sai com uma dessas: “se não se pode comprovar que a ficha é verdadeira, também não se pode comprovar que não é”.
Lógica engraçada essa não é?
Outro fator e a mudança que houve na Folha, suas reportagens desmentem o que dizem os títulos das mesmas. Uma verdadeira aberração, que se baseia em dois fatores. O cidadão médio não lê as reportagens inteiras, e a manchete já faz o serviço de desinformar. Segundo fator é que as manchetes servem certinho para o Serra utilizar nas suas inserções no horário política na TV.


4. PROUNI, LUZ PARA TODOS, BOLSA FAMíLIA etc. só foram possível de serem executados, porque alguém preparou o caixa do governo para isso. Ou alguém acha que seria possível fazer isso sem dinheiro? Porque é que vocês acham que o Lula e o PT, que adoram meter o pau no FCH, não modificaram o plano real, que eles tanto criticaram? O que será que aconteceu? Começaram a gostar dele ou não tinham ideias à altura para substituí-lo? Fazer graça quando temos dinheiro no bolso (ou quando o povo paga imposto até o talo sem se queixar, como um bando de cordeiros) é muito fácil. É como pegar um cheque em branco e sair a gastar sem limites. Facílimo. Só que se não há planejamento, a conta cai no colo de quem vem depois. Talvez tenham aprendido isso com o Sarney...


Várias informações equivocadas aqui. Primeira é que ele coloca vários programas em um mesmo saco. São programas diferentes e com fontes de financiamento diferentes. O PROUNI não tem fonte direta de finaciamento, ou seja, o governo não pega dinheiro do caixa (TESOURO), ele paga as bolsas com abatimentos nos impostos devidos pelas Universidades que recebem estes alunos. Então não seria necessário o FHC deixar dinheiro em caixa para isso, aliás esta é uma das diferenças de governo do Lula e do FHC, o governo atual fez muito sem gastar dinheiro e o FHC não fazia nada sem dinheiro e mesmo assim deixou uma dívida enorme para o governo atual pagar.
O LUZ PARA TODOS já tem dinheiro federal: “O orçamento do Programa é composto por recursos federais são provenientes de fundos setoriais de energia - a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Global de Reversão (RGR) e o restante partilhado entre governos estaduais e as empresas de "
Porém como visto no texto (link) acima também pagam a conta da universalização da energia os consumidores e empresas.
O BOLSA FAMÍIA tem dinheiro dos impostos sim, e é destinado no ano anterior da sua aplicação no Orçamento Federal.
Porém ele afirma que esse programas só puderam ser executados por o governo atual encontrar dinheiro em caixa. Mais um erro aqui. O governo atual, que se iniciou em 2003 encontrou o Brasil numa situação econômica grave, com o dólar a R$ 4,00 aproximadamente, uma dívida externa em dólar, maior do que a que FHC encontrou quando assumiu seu governo, com o agravante para FHC de ele ter privatizado várias empresas estatais com a desculpa de amortizar a dívida externa brasileira. Privatizou e conseguiu aumentar a dívida. Não teve caixa preparado por ninguém como pode-se perceber acima não é.
Quanto ao controle de preços ele acerta e erra. Nem tanto ao céu nem tato ao terra como diz o ditado. Alguns preços podem e devem ser controlados pelo governo, como o caso dos combustíveis quando vão para as distribuidoras, daí pra frente, que faz estes preços são elas e os postos de gasolina, porém tenho uma moto e bem sei o que muito pouco aumentou os valores da gasolina de 2006 para cá. Por que 2006? é quando comecei a acompanhar os preços e sei que mesmo com um aumento de mais de 100% do preço do barril de petróleo no mercado mundial, a gasolina não passou de 20% de aumento por isso, ou seja, um controle do preço dos combustíveis pelo governo. Mas se um governo Lula se aventurasse a intervir nos preços de tudo, aí sim seria taxado de comunista controlador.
Quanto ao controle e deixar a dívida para o outro, lembremos que o Brasil hoje tem uma reserva de aproximadamente 200 bilhões de dólares, talvez isso seja o tal do caixa preparado que ele tenha dito acima, só que não foi o governo de FHC quem fez isso e sim o governo de Lula.


5. Quanto à educação, o que foi feito? PROUNI? Isso nada mais é que dar dinheiro às universidades particulares... Onde os pobres estudam... E as escolas de ensino fundamental e médio o que foi feito? O governo pode alegar que isso é um plano de estados e municípios; mas, para quem disse que iria transformar a educação, não seria de bom tom, reorganizar o ensino, chamando para si as responsabilidades e padronizando o ensino no país inteiro a fim de evitar que tenhamos vários níveis escolares no mesmo país? É muito mais fácil criar cursos de universidades já existentes... ou ampliar o número delas. Mas, alguém tem alguma dúvida de quem vai entrar nos cursos disputados das universidades federais? Filho de pobre ou filho de rico?

Eu me formei devido ao PROUNI. Que se deve melhorar o Ensino Fundamental e Médio não se contesta. Que o governo federal intervenha nestes níveis de educação, seria uma atitude ditatorial, centralizadora e que vai contra anos de descentralização e municipalização (educação, saúde, segurança, assistência social), quem atua nessas áreas sabem muito bem como era antes, quando as regras vinhas de Brasília e o dinheiro ia minguando até chegar os resultados concretos nas escolas. O que fez o Governo Lula com o ensino fundamental e médio?
Em 2007 criou o FUNDEB, que aumentou em 10 vezes o volume anual de recursos federais nestas etapas de ensino. Manda mais dinheiro e deixa sua execução a quem mais sabe do que a escola precisa, a própria escola e o controle é feito por conselhos municipais, estaduais e federal.
E os mais pobres? O FUNDEB manda mais para precisa mais. Estados e municípios mais pobres recebem mais recursos. Padronização de ensino no Brasil inteiro só se for no resultado final, ou seja, todos os estados e regiões apresentando um resultado igual no nível de aprendizagem, agora padronizar no modelo de educar é uma aberração, uma infâmia pedagógica.
Quando ele diz que é mais fácil criar cursos em universidades já existentes ele tem razão em parte. Você atende mais gente em um mesmo espaço físico, isso barateia para o estado. O governo Lula dobrou o número de vagas nas universidades federais no estado de São Paulo. Mas isso exige que os estudantes se desloquem para este espaço físico, o que impede muita gente de frequentar a universidade devido justamente a distancia que este se encontra dela. Trabalhar 8 horas e ter que viajar 1, 2 horas até uma universidade para a maioria nesta situação, impede seu acesso a universidade. Se você tem uma universidade privada no seu município, é mais fácil se deslocar por 15 ou 20 minutos do que por 2 horas na ida e mais 2 na volta.


6. Estradas, carros, juros??? O que o governo atual fez? lembram-se do PAC, que a extraordinária ministra Dilma coordenou? Não foram executados nem 15% do total previsto!!! É mole? Já pensaram em todo o carnaval que o governo fez e não executaram nem 15%? É como se tivéssemos o dinheiro para fazer uma casa e, em 5 anos, não fizéssemos nem o alicerce completo. Projetos grandiosos de portos e dragagem dos já existentes estão paralisadas em vários deles. O frete para se trazer coisas ao Brasil é um dos mais proibitivos, visto nossos portos serem obsoletos e comandados em sua maioria pelas máfias sindicais arcaicas. Mal aparelhados e sem tecnologia (salvo raras exceções). E ainda querem dizer que o PAC “está avançando?” Ora, conversa prá boi dormir, que pega direitinho os ignorantes e os incautos.
Cordialmente,

Marco A. Zanutto


Bem. O PAC. Vamos aos “atrasos” citado acima.
Existe atrasos pontuais sim, só que quando afirma que há atrasos coloca como se fossem em todos os projetos atendidos pelo PAC, além de esquecer de informar o TCU constantemente paralisam obras em andamento, se apegando em detalhes. Procurem na internet e acharão infinitos exemplos.
Mas é bom entendermos como o PAC funciona. O governo federal disponibiliza o dinheiro para estados e municípios que apresentem projetos consistentes. É aí que fica a maior qualidade e o maior entrave do PAC. Ele não escolhe para onde vai o dinheiro pautado no partido que administra o município ou estado, mas na qualidade, na consistência que o projeto apresentado oferece. Vivo numa cidade administrado pelo PSDB a mais de 12 anos e aqui, quando a secretaria de turismo apresentou 3 projetos, dos quais tive a oportunidade de lê-los, e vi sua qualidade, os mesmos foram aprovados pelo governo federal, aliás, governo federal administrado pelo PT de Lula.
Detalhe, os maiores atrasos do PAC saneamento são obras administradas pela SABESP.
Os não atrasos são os casos das obras que levam 2, 3 4 anos para serem executados e que constam do PAC 1. Uma usina hidrelétrica grande leva de 3 a 4 anos para sua construção e o crítico acima quer que o governo, com todas as amarras burocráticas que tem, faça em 1 ano ou 2 de PAC? A diferença básica do governo Lula do governo FHC é que o governo atual tem dinheiro para investir nessas obras e já empenhou esse dinheiro e o FHC, com o dinheiro que ganhou com as privatizações nada fez de obras, pagou uma dívida mal negociada, que por erros na política econômica, mesmo pagando a dívida só fez aumentar.
FUI!!!!!!!!!

quinta-feira, 11 de março de 2010

OS ESPASMOS FÚNEBRES DA VELHA MÍDIA

Do blog do Luís Nassif.
Aqui reproduzo mais um dos findos espasmos da velha mídia.
Estamos muito bem, quando não é a Globo, é a Folha(ilha) ou o Estadão(zinho), ou mesmo a Vej(inha).
Aprendam a como funciona a velha mídia que escreve e pensa que não notaremos seus interesses e suas falcatruas.

Segue a postagem do blog dele que aqui reproduzo.


11/03/2010 - 08:00
A escandalização da Folha


Na “denúncia” da Folha, sobre meu contrato com a EBC, uma demonstração do tipo de jornalismo menor a que Otavio Frias Filho levou o jornal. É um suicídio lento, sistemático, sem retorno.

O programa Projeto Brasil seria renovado com a TV Cultura. Não o foi devido a críticas que fiz a José Serra – conforme consta de respostas que dei ao jornal, sobre as razões de minha ida para a EBC e que foram suprimidas da matéria. Se a intenção fosse ser chapa branca, não faria as críticas merecidas à Sabesp e ao Serra.

Não há um elemento que caracterize irregularidade ou proteção no contrato. Os valores estão claros, dentro da lógica de qualquer programa de TV aberto ou fechado. Foram fixados com base no contrato inicial que mantive com a Fundação Padre Anchieta. E o programa tem importância estratégica para a TV Brasil, conforme se confere no comentário do diretor de programação Rogério Brandão, em email à Helena Chagas, diretora de jornalismo (clique aqui):

O Brasilianas tem a cara da TV Pública! É um programa que estaria na PBS americana facilmente. Penso que com o tempo ele crescerá, e terá um papel relevante na grade. Nossa 2ª feira agora tem um concorrente à altura do Roda Viva.

No próprio texto da matéria fica explícito o motivo da escandalização do factóide: o desmonte do falso escândalo que a Folha criou sobre a Eletronet. Fala em defesa de José Dirceu. Falso! Através de um expediente malicioso, foi a Folha quem fez o jogo do empresário que contratou Dirceu. Era interesse de Nelson implodir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) porque, saindo, matava qualquer possibilidade de ressuscitar a falecida Eletronet e, com isso, de ele ganhar os tais R$ 200 milhões. Se contratou Dirceu para atuar no caso, seria justamente para implodir o PNBL.

Maliciosamente a Folha pegou o contrato dele com Dirceu – passado a ela pelo próprio Nelson dos Santos - para afirmar que visava justamente aprovar o PNBL. A intenção era clara: como Dirceu é estigmatizado, o simples fato de se afirmar que seu lobby seria a favor do PNBL ajudaria a explodir o programa – e, consequentemente, a beneficiar Nelson dos Santos.

Esse tema foi exposto no post “Eletronet: o lobby foi da Folha“. Em “O jogo em torno da Eletronet” avancei hipóteses sobre outros possíveis interesses do grupo em relação ao tema. Em “A falta de rumo do caso Folha-Eletronet” mostrei a tergiversação do jornal, tentando salvar a manobra mudando de direção, mas com os mesmos objetivos, de implodir o PNBL.

Para despertar o espírito corporativo interno, a matéria diz que minhas notas no caso Eletronet tentaram desqualificar jornalistas. Ora, é fato inédito o jornal se levantando em defesa de seus jornalistas. Nesta mesma semana, Otavinho conferiu a terceiro o direito de fuzilar dois jornalistas seus em plenas páginas do jornal, tratando-os como “delinquentes”. Todo jornalista da Folha sabe que, a qualquer momento, poderá ser o alvo da deslealdade de seu chefe, que age assim mesmo.

Quando percebeu que nem os jornalistas suportavam mais o amordaçamento total a que foram submetidos e começavam a pipocar aqui e ali matérias fora desse padrão suicida de manipulação, convocou Demétrio Magnolli para executar exemplarmente dois deles em praça pública: através da página 3 do jornal, em um artigo que os tratava como “delinquentes”. A intenção foi, liquidando covardemente com dois deles (em um tema, cotas raciais, que não tem nenhuma relação com a guerra política empreendida pelo jornal), enquadrar os demais.

Quanto às minhas críticas ao Márcio Aith, jamais atacaria um colega por um erro de interpretação de matéria, ainda que grave. Há outras razões bem mais substantivas, sobre as quais Aith poderá fornecer detalhes. Apenas adianto que ele foi testemunha de acusação contra mim em um caso – a série sobre a Veja – em que tinha sido minha fonte.

Já a Folha, em algum momento do futuro terá que se haver e prestar contas de seus próprios escândalos – inclusive com entes públicos -, que não são meros factóides, com os quais tentou me atingir.

Abaixo, o teor do email que recebi do repórter da Folha, seguido das minhas respostas. É um elemento bastante didático para as escolas de jornalismo, sobre como definir, primeiro, o alvo, e depois sair caçando qualquer coisa que possa ser utilizada contra ele. Depois das respostas, a matéria da Folha.

Peço aos colegas que espalhem essa resposta, especialmente em blogs que estão reproduzindo a matéria da Folha.
Perguntas e respostas à Folha

-De quem partiu a iniciativa para a contratação da sua empresa Dinheiro Vivo Agência de Informações pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação)? O projeto lhe foi requerido pela EBC ou o sr. procurou a EBC?;

O projeto já existia na TV Cultura. Foi descontinuado na gestão Mendonça. Seria retomado no final de 2008. Já havia reunião marcada por Paulo Markun para discutirmos o novo contrato. Dias antes fui informado que não haveria mais a renovação. Entre a marcação do dia e a desistência da FPA, escrevi matérias sobre a piora nos balanços da Sabesp, criticando as campanhas publicitárias que ela bancava em nível nacional.

Se a Cultura não tivesse desistido do projeto, na Cultura ele teria permanecido. Com a desistência, procurei a EBC e ofereci o programa.

-Que critérios objetivos o sr. adotou para estipular a sua remuneração de R$ 660.000,00 como apresentador e responsável pelo programa?

O valor que considerei justo. E que guarda correspondência com o primeiro contrato que firmei com a Fundação Padre Anchieta (FPA) como comentarista do Jornal da Cultura e apresentador do Projeto Brasil.

No contrato com a FPA havia um envolvimento menor da minha equipe com o programa, cuja gravação ficava a cargo da TV Cultura.

Com a EBC, além de comentarista do Repórter Brasil, há um envolvimento amplo com o programa Brasilianas.org que é entregue pronto. Há uma equipe contratada especialmente para o programa (Nota: já que a EBC, em processo de formação, não tinha ainda estrutura interna para as gravações) – cujos custos são cobertos pela EBC. Mas há todo um trabalho da equipe da Dinheiro Vivo com conteúdo, supervisão das gravações de TV, agendamento de entrevistas, convite aos debatedores. Além da minha participação pessoal.

Com a FPA o contrato previa participação nos patrocínios, garantido um mínimo mensal. A EBC não tem essa modalidade.

Um dos elementos de fixação de proventos ou salários de jornalistas – adotado por todos os veículos, inclusive a Folha – é o grau de reconhecimento e projeção perante a opinião pública.

Como o colega deve se recordar, no último Prêmio Comunique-se fui um dos três finalistas da Categoria Melhor Jornalista de Economia da Televisão, junto com a Mirian Leitão e o Joelmir Betting (que venceu). E não concorri ao de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita porque havia vencido a edição anterior e o Prêmio proíbe a reeleição.

Em suma, os mesmos fatores que são levados em conta em qualquer contratação de jornalistas ou projeto por emissoras de TV.

-Por que a sua contratação não se submeteu a uma licitação pública, preferindo ser fechada por “inexegibilidade”?

A EBC pode explicar melhor. Mas presumo que por dois motivos.

Ponto 1: notória especialização.

Os prêmios que acumulei ao longo de minha carreira e nos últimos anos atestam essa minha especialização.

Ponto 2: sou o criador do Projeto Brasil de discussão de políticas públicas casando TV e Internet apresentado à EBC, que entendeu que se adequava perfeitamente ao espírito de uma TV que pretende abrir espaço para as grandes discussões públicas. É um projeto inovador e sem similar. Preenchem-se, assim, as duas condições para inexigibilidade de licitação.

Chamo a atenção para uma questão similar.

No dia 3 de abril de 2009, através do Diário Oficial do Estado fica-se sabendo que a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligado à Secretaria da Educação de São Paulo, adquiriu 5.499 assinaturas do jornal Folha de São Paulo, com inexigibilidade de licitação.

Creio que o argumento jurídico é o mesmo que fundamenta minha contratação pela EBC com inexigibilidade de licitação.

-O primeiro pagamento da EBC para a sua empresa data de 24 de julho de 2009. Contudo, até a presente data, cerca de 7 meses depois, nenhum programa foi ao ar (a estreia está prevista para segunda-feira). O que aconteceu?

Um período inicial para a montagem da equipe e a formatação do programa (construção de cenários, discussão da linguagem televisiva). Depois, a definição da grade de programação da EBC, que pode ser melhor explicada por ela própria. Os programas estão sendo produzidos e já existem vários gravados. E trabalho no projeto desde a data de assinatura do contrato, conforme você pode conferir nos relatórios apresentados.

-No cronograma da produção do programa, observei que estão previstas ou foram realizadas gravações de evento denominado “Sarau do Luís Nassif”. Contudo, verificando o Projeto Básico, não encontrei nenhuma previsão relativa à gravação do “Sarau”. Qual a exata ligação entre o “Sarau” e o programa televisivo e por que isso não constou do Projeto Básico?

É impossível definir, em um Projeto Básico, todas as ações a serem tomadas no decorrer de um ano.

A montagem de um programa pressupõe vinhetas de abertura e fechamento. O Projeto Brasil, da TV Cultura, iniciava e terminava com cenas de arquivo com música brasileira. Pensou-se em repetir o modelo, mas comigo tocando bandolim. Depois de ver o resultado final, achei que poderia passar a ideia de cabotinismo e desisti.

Apenas isso, já que todas as cenas foram gravadas, constam de nossos arquivos e não implicaram nenhum custo adicional para a EBC.

-Segundo me informou a EBC, o primeiro programa, cuja estreia deverá ocorrer na segunda-feira que vem, tratará do tema da Defesa. O sr. ou suas empresas trabalham com empresas ligadas ao setor? Quais eventos do chamado “Projeto Brasil” receberam patrocínio de empresa (s) ligada (s) ao setor? De acordo com meus levantamentos, a empresa francesa Dassault Aviation, que tem interesse direto na venda de equipamentos militares para o governo brasileiro, patrocinou um seminário promovido pelo sr. no dia 17 de dezembro de 2008, no Novotel Hotels, em São José dos Campos. Caso o sr. ou suas empresas prestem consultoria ou tenham outros tipos de vínculos negociais com essas empresas da área militar, o sr. informou à EBC possível conflito de interesses? Ou o sr. entende que tal eventual conflito é inexistente e, por isso, nada informou?

É importante qualificar melhor esse “meus levantamentos”. Todos os seminários do Projeto Brasil têm patrocínios que são públicos, saem em anúncios, grande parte dos quais foram publicados no caderno Dinheiro da própria Folha durante muitos e muitos anos – anúncios que eram descontados do meu salário de colunista, conforme o Otavinho poderá lhe informar. Portanto, não há informações secretas que exijam grandes pesquisas.

No seminário em questão, o patrocínio foi de R$ 15 mil, brutos, ou R$ 13 mil líquidos. Os custos diretos com o evento foram de R$ 9.448,65 – salão, recepção, projetores, gravação etc.

Se se computar custos de translado para São José dos Campos, de uma equipe de quatro pessoas, mais o tempo que elas e eu dedicamos ao evento, sairíamos no prejuízo. Mas mantivemos o Seminário por considerá-lo relevante para a discussão de políticas públicas.

Mas mesmo que os patrocínios tivessem permitido um bom lucro, não há razão para não considerá-los legítimos, da mesma maneira que são legítimos os anúncios publicados em cadernos temáticos especiais pela Folha.

Outro ponto importante é que os patrocinadores jamais participaram da elaboração dos temas do Seminário e dos palestrantes convidados.

Conforme você poderá conferir nos anais do Seminário (http://blogln.ning.com/page/industria-da-defesa) um dos principais palestrantes foi o saudoso João Verdi, da Avibras, que buscava parceria com os russos da Sukhoi e, portanto, era concorrente direto da Dassault na licitação FX. Em outros seminários de Defesa recebemos patrocínio da Dassault, Embraer, da sueca Grippen, como consta dos anúncios publicados.

Vamos, agora, às práticas comerciais de outros jornais, tomando o exemplo o jornal Valor Econômico – que tem como um dos sócios e responsável por sua gestão a Empresa Folha da Manhã.

No dia 7 de abril de 2009, o Valor Econômico realizou seminário sobre Defesa em Brasília, tendo como um dos patrocinadores a Thales, ligada ao grupo Dassault. A comprovação pode ser encontrada no link http://www.valoronline.com.br/seminarios/HTML/Seminarios/EstrategiaDeDefesa/realizacao.html.

No dia 1o de março de 2010, outro Seminário sobre o Complexo Industrial da Saúde, onde consta apoio do Ministério da Saúde (http://www.valoronline.com.br/seminarios/Seminario/index.aspx?codSeminario=143).

Além do apoio, o Ministério participou também da elaboração dos temas e da escolha dos convidados.

Pela programação do seminário, identificam-se os seguintes expositores da área federal: o Ministro da Saúde, o chefe do Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos da Área Industrial do BNDES, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz (estatal), o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), e diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No site do Valor pode-se conferir também o seminário “Investimentos estratégicos para o desenvolvimento do Nordeste”, com apoio do Ministério da Integração Nacional (http://www.valoronline.com.br/seminarios/Seminario/index.aspx?codSeminario=136), tendo como palestrantes dirigentes da Sudene, do Banco do Nordeste do Brasil e Chefs – empresas públicas.

Ou então – voltando para os patrocínios privados – o seminário “Relicitação ou Prorrogação das Concessões do Setor Elétrico”, tendo como patrocinador uma empresa interessada no setor, a CPFL.

Pergunto: esses seminários, importantes para enriquecer o debate nacional, podem ser considerados uma forma de consultoria ou de lobby do jornal Valor? Acredito que não.

-De acordo com os levantamentos feitos no Siafi, o sr. recebeu R$ 14.480,00 (já descontados os impostos) para proferir, no ano passado, uma palestra para a FINEP, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciencia e Tecnologia. Em quais critérios objetivos o sr. se baseou para cobrar o valor?

A palestra foi proferida em Palmas, Tocantins, em um evento para o setor privado denominado de “Inovação em Tempo de Crise”. Minha palestra teve como tema “O Novo Padrão de Desenvolvimento pós-crise”. O critério adotado foi de um desconto no valor que cobro para palestras fora de São Paulo.

Devido aos nossos prazos jornalísticos de fechamento, solicito, se possível, uma resposta até o início da tarde de amanhã, quinta-feira.

Bom, o objetivo da Folha foi o de devassar os negócios da Dinheiro Vivo, valer-se de um tom inquisitorial para questionar negócios comerciais legítimos e com benefícios comprovados para a sociedade – basta conferir a relação de vídeos e trabalhos sobre mais de 50 temas relevantes, que disponibilizamos para a opinião pública. Não me furtei a apresentar os esclarecimentos solicitados.

Julgando-se a Folha no direito de questionar-me sobre os negócios da DV, me dá o direito de questioná-la sobre seus negócios. Oportunamente enviarei email com perguntas importantes para entender o relacionamento da Folha com entes públicos.

Peço apenas que me confirme se as respostas foram satisfatórias, se todas as dúvidas foram apresentadas e esclarecidas e se, mesmo assim, ainda valerá uma reportagem. Caso se mantenha a reportagem, solicito informar o dia para que minhas perguntas e respostas possam sair simultaneamente, sem furar seu trabalho.
Segundo email enviado

-Na sua resposta à minha dúvida sobre a sua remuneração, o sr. citou custos com a produção do programa. Contudo, o valor total do contrato é de R$ 1,2 milhão. Portanto, metade dos recursos vai para a produção e metade para a sua remuneração pessoal.

Aqui vão os dados do último relatório que está sendo fechado agora.

O contrato inicial previa R$ 60.000 mensais brutos para a DV e R$ 30 mil líquidos para a produção. Bruto, sai R$ 100.000,00 mensais.

Com as demandas adicionais da EBC (não previstas no plano inicial de trabalho), estão sendo gastos R$ 51.608.00 líquidos na produção (nota: específica de TV: aluguel de equipamentos, contratação de equipe, compra de material, locomoção etc), conforme prestação de contas.

Sobram R$ 49.000,00 brutos para a Dinheiro Vivo (e sua equipe) e para meus comentários. Ou cerca de R$ 39 mil líquidos.

-A minha pergunta sobre os patrocínios ao Projeto Brasil não diziam respeito à legalidade ou ilegalidade de tais patrocínios, mas simplesmente se o sr. comunicou à EBC, uma empresa pública, suposto conflito de interesse, ou se, de outra parte, entendeu que não havia conflito algum. Esse assunto me leva a outras perguntas:

Não há conflito de interesse.

-Quais são, exatamente, os atuais clientes da empresa Dinheiro Vivo? A pergunta tem pertinência porque o sr. agora apresenta um programa em emissora pública, percebendo para isso recursos públicos, do Orçamento da União. Assim, nada mais natural, sob o ponto de vista do interesse público, conhecer melhor seus vínculos negociais. Nada mais natural, sob o ponto de vista do interesse público, que se saibam todos os detalhes do contrato firmado com o ente público.

Dinheiro público é aquele do contrato. Você tem o direito de fazer todas as perguntas pertinentes ao contrato. E eu de responder. Não consta que uma empresa fornecedora de produtos ou serviços para o setor público seja obrigada a abrir sua estratégia comercial.

Se a Folha se propuser a abrir seus dados comerciais, não veria problemas em abrir os da Dinheiro Vivo,

-O sr. ou a empresa Dinheiro Vivo fazem consultoria para empresas do setor de Defesa? Em caso positivo, quais são?

Não.

Sobre a resposta na íntegra, não é decisão que cabe a um repórter. Consultarei a editora a respeito. O sr. há de saber que o jornal é um produto finito, no qual não cabem todas as respostas de todos os entrevistados por toda a equipe de jornalistas ao longo do dia. Permita-me apenas observar que a publicação de uma resposta na íntegra nada tem a ver com “bons princípios jornalísticos”.

Não expor todos os argumentos da parte pode ferir.
Da Folha

EBC paga R$ 1,2 mi a jornalista pró-governo

Luís Nassif diz que “notória especialização” justifica contratação sem licitação pela estatal que mantém TV Brasil

RUBENS VALENTE

ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O jornalista e empresário Luís Nassif mantém um contrato anual, fechado sem licitação, de R$ 1,28 milhão com a estatal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), vinculada ao Palácio do Planalto e responsável pela TV Brasil.

A empresa de Nassif, Dinheiro Vivo Agência de Informações, produz um debate semanal, de uma hora, e cinco filmetes semanais de três minutos.

Do R$ 1,28 milhão do contrato, o jornalista fica com R$ 660 mil anuais a título de remuneração, o que equivale a salário de R$ 55 mil. Os pagamentos começaram em agosto. O programa estreou segunda-feira.

À Folha, por e-mail, Nassif afirmou que os insumos de produção cresceram de forma “não prevista no contrato original”, por conta de “demandas adicionais da EBC”, e que a parte destinada à Dinheiro Vivo corresponde a R$ 49 mil brutos mensais (ou R$ 39 mil líquidos), e não R$ 55 mil.

Os outros R$ 558 mil do contrato são destinados ao pagamento de uma equipe de nove pessoas e à compra de equipamentos. A gravação do debate é feita no estúdio da EBC, que também custeia deslocamento e hospedagem de convidados.

Em seu blog, Nassif tem se posicionado a favor do governo em várias polêmicas, discussões e escândalos. A página também se caracteriza por críticas a jornais e jornalistas.

Após a Folha ter revelado, no mês passado, que a Eletronet, empresa interessada em atos do governo, pagou R$ 620 mil ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, Nassif tentou desqualificar os jornalistas e fez a defesa de Dirceu.

A Dinheiro Vivo foi contratada por inexigibilidade de licitação, prevista na lei que regula as licitações. Indagado sobre isso, Nassif respondeu que a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), vinculada à Secretaria de Estado de Educação de São Paulo, adquiriu em 2009, também por inexigibilidade de licitação, 5.499 assinaturas da Folha.

Segundo a assessoria da Secretaria de Educação, idêntico procedimento foi adotado para a aquisição de assinaturas do jornal “O Estado de S. Paulo” e das revistas “Veja”, “Época” e “IstoÉ”. O objetivo das compras, segundo a secretaria, é abastecer as bibliotecas de de escolas públicas no Estado.

Para dispensar a licitação e contratar Nassif, a EBC argumentou que há uma singularidade no programa. Trata-se de um debate de uma hora semanal com três convidados, mediado por Nassif, que também recebe perguntas da plateia e de internautas.

Nassif disse à Folha que seu projeto já existia na TV Cultura, mas foi “descontinuado” logo depois de ele ter escrito artigos sobre “a piora dos balanços da Sabesp”. Sobre a dispensa da licitação, o jornalista afirmou: “Presumo que por dois motivos. Ponto um: notória especialização. Os prêmios que acumulei ao longo de minha carreira e nos últimos anos atestam essa minha especialização. Ponto dois: sou o criador do Projeto Brasil de discussão de políticas públicas casando TV e internet apresentado à EBC”.

Outros contratos

A EBC informou que mantém outros quatro contratos fechados por inexigibilidade de licitação. São relativos aos programas “Samba na Gamboa” (R$ 1,2 milhão anuais), da produtora Giros, “Papo de Mãe” (R$ 1,99 milhão), da produtora Rentalcam, apresentado pelas jornalistas Mariana Kotscho e Roberta Manrezi, “TV Piá” (R$ 1,34 milhão), dirigido pela jornalista Diléa Frate, e “Expedições” (R$ 1,66 milhão), da jornalista Paula Saldanha.

O diretor jurídico da EBC, Luís Henrique Martins dos Anjos, diz que a contratação de programas artísticos ou jornalísticos, cujos direitos autorais pertencem a outras pessoas, sem licitação e por notória especialização está amparada em um entendimento firmado pelo plenário do TCU, no acórdão nº 201/2001, relatado pelo ministro Benjamin Zymler.

Sérgio Sbragia, sócio de Diléa Frate na produtora Serpente Filmes, afirmou que a escolha de sua empresa “foi um processo muito criterioso”, que durou cerca de um ano.

A produtora Giros defendeu a dispensa da licitação. “O projeto “Samba na Gamboa” é apresentado pelo artista Diogo Nogueira. Em função do saber notório atribuído ao artista no mundo do samba (…), este contrato foi assinado de forma excepcional, dispensando licitação”, afirmou Maria Carneiro Cunha, da Giros.

A jornalista Paula Saldanha disse que o programa “Expedições” “está há 15 anos no ar, conquistando os melhores índices de audiência em todas as emissoras em que foi exibido (Manchete, TVE e TV Cultura)”. Procurada pela Folha na última terça-feira, a Rentalcam não ligou de volta até o fechamento desta edição.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cancele a assinatura da Folha de São Paulo e a UOL





Gente, a maioria de vocês devem acessar o sitio da UOL ou ler a Folha de São Paulo, ou eu estou completamente enganado. rsrs
Estes desenhos aí acima tinham sidos publicados num blog. Ótimo, bobagem de blogueiro né. Pois é. O blogueiro em questão foi interpelado na frente de sua casa pela ajudante da advogada da Folha de São Paulo com um aviso extrajuducial ameaçando ele com um processo se não retirasse as imagens do seu blog.
Ele as retirou e avisou outros blogs do ocorrido.
Por isso, estou postando no meu blog e participando da campanha cancele suas assinaturas da Folha de São Paulo e da UOL (que é do grupo Folha de São Paulo).
Primeiro por que um jornal que não aceita a liberdade de imprensa e ameaça com processo que discorda do veículo de comunicação não merece sua atenção, dinheiro e confiança nele quando clama por liberdade de imprensa, como costumam fazer constantemente em seus editoriais, mesmo que seja liberdade para publicar fichas falsas de pré-candidatos a presidência da repúplica que não são do seu agrado.
Esta medida não se deve somente ao blogueiro, que não é doa mais visitados na net, mas ao fato de as vendas de jornais estão caindo muito, não só no Brasil não viu gente, é um fenômeno mundial, mas este blogueiro na sua última campanha contra este jornal causouum estrago de cancelamento de 2 mil assinaturas na Folha.
Daí o desespero.
Grande abraço e se alguém ler e se interessar no assunto, procure que verão que a Folha, UOL, Veja e outros meios de informação estão trabalhando contra vocês, escondendo as notícias que realmente inportam.
FUI!!!!!!!!