sexta-feira, 15 de maio de 2009

Poesia daqui pra frente só as novas.

Segue a última minha terminada.
Tenho umas 7 ainda por terminar um dia qualquer.
Então segue aí.
Sem comentários esta.

TUDO DE NADA

É uma sensação estranha
Não se sofre por ela não fazer mais parte do seu mundo
A dor vem da percepção de que ela era seu mundo
É a falta de chão que incomoda
É um não ter mais tudo e vagar como estrangeiro
Como uma alma penada pairando desgostoso
Flutuando sobre a antimatéria de minh’alma
É o vazio mais perturbador e dolorido
Uma alma sem corpo, mas que se sente doer a carne
Lembra-se de tudo por nada
Um vento um beijo, um rio um desvario
Um cheiro uma noite, um som um mês
Uma flor o vestido da primeira noite
Uma rua o último passeio
E essas lembranças são as coisas mais sólidas que sobraram
Como ficar sem chão, sem sentir teu rosto na minha mão?
Se nem no verão teu calor não me queimava
E se no frio só ele quem me aconchegava?
É esse sem motivo que fere
É esse vazio que sufoca, aperta
Um buscar ainda não leva a nada
Minh’alma sufocada nega outro mundo futuro
É o passado que vale agora
Esse frio, esse nó na garganta é desse tudo de nada

Gerinho da Tera
Ourinhos 15/05/2002


Beijos
FUI!!!!!!!!!!!

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