quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Olá pessoal.
Se não estou enganado, na poesia passada não anunciei mas inaugurei a fase Lígia. rsrsrs
Tenho poesias anteriores, mas como coloquei uma da fase mais revoltada com a Lígia, agora coloco uma mais tranquila. Esta poesia iniciei quando ainda estávamos juntos e terminei ela quando já tínha terminado nosso relacionamento.
A idéia começou quando estava olhando uma prova de ótica de uma apostila de concurso com as lembranças da noite anterior que passei junto dela.
Beijo a todos e até a próxima.
FUI!!!!!!!!


ESPELHO

Quatro olhos mirando-se confusos
Dois a dois
Será um par dele e outro dela ou
Serão dois direitos e dois esquerdos?

Quatro olhos buscando o infinito
Funcionam como espelhos face a face
Cada um vê a si mesmo
Dentro do outro até o fim

Serão dois infinitos diferentes,
Cada par com o seu,
Cada direito se vê no esquerdo
Que feito espelho inverte o lado seu?

Pode duas infinitudes virar uma só,
Ou anular-se mutuamente?
Dois olhos, dois pontos uma reta
Quatro olhos, quatro pontos, seis retas

Cada um com sua infinitude
Trocam olhares sem parar
Na noite escura a namorar
Formando um plano de enorme amplitude

Toda vez que os olhos dela buscam o mar
Onde ela busca a felicidade sem fim
Entro entre ambos
E tento roubar os olhos dela pra mim.

Pode um infinito ser maior que outro?
Parece que o do mar sim!
Se não maior, mais potente
Ele roubou meus espelhos de mim

Tentando buscar novamente o chão plano
Ando só, em cima da linha que me restou
Corda bamba da reta dos meus dois olhos sós.
Sonho com a volta do meu reflexo invertido.

Gerinho da Terra
Caraguatatuba 21/10/2005 09h05m

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